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[OAB-BA encerra ciclo de debates sobre o 2 de Julho com roda de conversa sobre luta popular e justiça social]

OAB-BA encerra ciclo de debates sobre o 2 de Julho com roda de conversa sobre luta popular e justiça social

Encontro reuniu especialistas e público na sede da OAB-BA para debater os legados do 2 de Julho e os desafios atuais da democracia e da justiça social

A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Bahia (OAB-BA) promoveu, na manhã desta terça-feira (17), a terceira e última edição da roda de conversa “2 de Julho: luta popular, direito e justiça social”, que reuniu especialistas e personalidades do mundo jurídico, acadêmico e político para refletir sobre os significados históricos e contemporâneos da Independência do Brasil na Bahia. Durante a roda de conversa, os palestrantes trouxeram diferentes perspectivas sobre o significado histórico do marco e seus reflexos no presente.

O encontro, realizado no auditório da sede da OAB-BA e aberto ao público, marcou o encerramento do ciclo de debates iniciado em julho e reafirmou o compromisso da instituição com a defesa da democracia e a valorização da memória do 2 de Julho como marco fundamental para a história do país. Evento contou ainda com a apresentação do espetáculo ‘Theatro da Independência: Se as Personagens Falassem’ que revisita com humor e crítica a história da Independência a partir de personagens como Corneteiro Lopes, Tambor Soledade, Maria Quitéria e Maria Felipa.

A mesa de debates foi aberta com a execução do Hino Nacional e do Hino da Bahia, por Paty Brandão e Estevão Dantas, e foi formada pelo presidente do Instituto dos Advogados da Bahia (IAB), ouvidor-geral da OAB-BA e vice-presidente do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), Antônio Menezes, do cientista político Paulo Fábio Dantas Neto, da advogada e presidente do Juspopuli – Escritório de Direitos Humanos, Marília Lomanto Veloso, da professora e pesquisadora Magali Menezes, além de alunos do Colégio Estadual da Bahia Central.

“Quando iniciamos esse projeto de discussão sobre as lutas populares, sobre os direitos e as conquistas sociais conquistados no passado, nos projetamos para construir o nosso presente com base no legado para uma sociedade justa e inclusiva”, afirmou a secretária-geral da OAB-BA e idealizadora do projeto, Cléia Costa, destacou a relevância da iniciativa.

Os debates percorreram temas como a resistência popular no processo de Independência, os desafios da democracia no Brasil atual e as conexões entre as lutas históricas e os movimentos sociais contemporâneos. O cientista político Paulo Fábio Dantas Neto fez uma análise do impacto da data para a construção da democracia brasileira. “O 2 de Julho simboliza a vitória do povo sobre estruturas de poder. Hoje, ainda enfrentamos desafios. Precisamos revisitar essa história para fortalecer a nossa democracia.”

Já a advogada e presidente do Juspopuli, por sua vez, trouxe reflexões sobre a centralidade dos direitos humanos nesse processo e os desafios enfrentados pelos movimentos sociais na atualidade. “A Independência da Bahia nos ensina que não existe democracia sem a participação ativa do povo. O mesmo vale para a justiça social: é preciso que os movimentos sociais, as mulheres, a juventude, os trabalhadores e trabalhadoras estejam no centro desse processo.”

O evento reuniu advogados, estudantes, professores e representantes da sociedade civil, que participaram ativamente da roda de conversa. O clima foi de reconhecimento ao valor histórico do 2 de Julho, mas também de crítica e de proposições para fortalecer a democracia e a justiça social no Brasil de hoje como um legado de mobilização popular que ainda inspira movimentos de resistência. “O 2 de Julho é a expressão máxima da resistência popular. A advocacia baiana tem a responsabilidade de manter vivo esse legado, defendendo o Estado Democrático de Direito e garantindo que a luta por liberdade e justiça nunca seja esquecida.”, disse Antônio Menezes.