A secretária-geral da OAB da Bahia, Cléia Costa, foi uma das mulheres homenageadas na mesa de abertura do projeto cultural Mulheres Negras Ecoando, realizado nos dias 17, 18 e 19 de novembro de 2025, no Centro de Cultura Vereador Manuel Querino. A iniciativa, que integrou a programação do Novembro Negro, reuniu escritoras, artistas, lideranças e profissionais negras para discutir representatividade, produção literária e o fortalecimento das vozes femininas negras na Bahia.

A mesa de abertura, realizada no dia 17, em parceria com a Biblioteca Professor Jorge Portugal, celebrou referências da luta pela igualdade racial e de gênero, entre elas coronel Denice Santiago, tenente-coronel Ana Paula Queirós, Negra Jhô, Adriana Portela (Banda Didá), Dona Vera Lúcia Teixeira, Jovina Souza, Luciana Mota, Stael Kyanda, Anajara Tavares e Ligia Margarida (SPD), além da secretária-geral da Ordem.

Para Cléia Costa, a homenagem reforça o compromisso coletivo com justiça social e ampliação de direitos. “Esse projeto é um coletivo que tem por objetivo dar voz a todas as trajetórias de mulheres que vão compondo, com seus exemplos. É uma vida e uma proposta de inclusão, de diversidade. Creio que receber essa homenagem é mais um reconhecimento de que, atuando em diversas frentes, podemos provocar uma melhor qualidade deste estado, desta nação, desta cidade, para acolher todas as mulheres em seus projetos de vida.”, afirmou.

A programação do Mulheres Negras Ecoando: a (in)visibilidade das escritoras negras no mercado literário seguiu com atividades para diferentes públicos, incluindo contação de histórias, sarau de poesia, feira de livros e apresentações artísticas. O encontro reuniu escritoras como Jaqueline Santos, Manuela Barreto, Andréa Rêgo, Rita Pinheiro, Dani Damas, Regina Célia Santos Rocha, Ana Paula Bispo, Rosane Jovelino, Renata Lima, Jocelia Fonseca, Olwa Seyn, Alessandra Sampaio, Carmen Faustino e Cecília Peixoto.

Criado em 2018, o projeto Mulheres Negras Ecoando tornou-se um movimento sociocultural de resistência e afirmação das vozes femininas negras, promovendo encontros, homenagens, formações, saraus, eventos híbridos e ações artísticas no Brasil e em países latino-americanos. Nesta edição, o projeto reafirma seu compromisso de seguir ecoando inclusão, representatividade e a força da palavra escrita e falada das mulheres negras — compromisso também fortalecido pela presença e atuação da OAB da Bahia.

Crédito: Angelino de Jesus/ OAB-Bahia